quinta-feira, 26 de abril de 2007

Até quando?

Até quando?
Sabemos que não podemos viver
desse jeito eternamente
Mas, até quando?
Tudo é muito bom e gostoso
quando nos encontramos
Até quando?
Não temos tempo
Imagine!
Até quando não teremos tempo?
Enquanto nada nos impede
vamos aproveitar e esperar,
até quando?

23/09/1996

sexta-feira, 20 de abril de 2007

O Ponto


O ponto incial
ou o ponto de partida
O ponto distante
O ponto mais próximo
O ponto de ônibus
Pontos onde nossas vidas se ligam
Pontos de destinos traçados
O ponto que nos dá seguimento
Ou aquele ponto luminoso no céu
O ponto no túnel: uma luz
O ponto no deserto: salvação
O ponto que era sem graça
Torna-se o ponto colorido
Ponto verde, siga, aberto, carregado, entrada disponivel
Ponto vermelho, pare, fechado, sem carga, entrada esgotada
Pontos que piscam em estacionamentos
Pontos de desesperos
Pontos que ressalvam
Pontos que analisam
Pontos de vista
Por um ponto, várias retas, inúmeros caminhos
Por dois pontos uma reta, uma ligação
Pontos que dão pontos
Pontos de observação
O ponto onde tudo pára ou acaba
E o meu ponto final
Gera sempre um novo começo
Porque recomeço é tentar de novo
Algo que não deu certo


quinta-feira, 12 de abril de 2007

Ceci






Éramos uma
Hoje somos duas
Sou a luz que brotou em sua vida
Como filha, ofereço
O sorriso que te faz começar bem o dia
Sou a sua Maria!
A frágil pessoa que te fortalece
Como mãe, me embala em cantigas
ou no teu seio a me ninar
A cada dia descobrimos
Um pouco de cada uma
Um gesto
Um olhar
Emoções ...
Mãe e filha
Alegria íntima
Em que no meu olhar traduz: te amo!




*em parceria com mamãe Lizy

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Medo

Sinto medo de mim

Do que penso

E de quem sou

Medo de amar

Medo de sofrer

Medo dos dias

Medo das noites

Medo do que é certo

Medo do que parece duvidoso

Medo de ter

Medo de perder

Medo da culpa

Medo da absolvição

Medo da liberdade

Medo da dependência

Medo de seguir

Medo de voltar




Sinto medo de mim

De pensar em quem sou

E de ser quem eu penso

Mas de uma coisa não tenho medo:

Da coragem de sentir o próprio MEDO.

segunda-feira, 2 de abril de 2007

A espera II

                             
                              
                              

Meu coração não se encontra perdido
ele apenas adormece
no meio de tanta confusão
esperando o momento certo

A declaração já foi feita
e aguardo a ocasião
do outro coração se libertar
do passado acabado
e do veneno que o contaminou.

Não tenho pressa
o caminho está lá
pronto pra ser descoberto
aguardando a oportunidade
e, se não chegar, não importa
porque pude conhecer
aquele sentimento de amar em paz
com tranquilidade
na distância
na saudade de nunca ter conhecido
do abraço não dado
e do beijo desejado