segunda-feira, 26 de abril de 2010

Uma madrugada


Escuto ruídos que me despertam

Para uma realidade que não vivo.
Outras vezes escuto um som que me assusta.
No silêncio, em vão, próxima da solidão,
Busco palavras que criem rimas
Ou se entrosem na sintonia
Insensata merecida
Pela vontade de escrever.
Deita-me em seu colo
Até me acalentar
Pelas gotas de chuva
Que rebatem na janela

domingo, 11 de abril de 2010

Insanidade


Posso ser tudo o que desejo
Libertar todas as fantasias
E esperar enquanto bebo uma taça de vinho.
Posso transformar-me em felicidade
em discórdia ou ilusão.
Posso ser transmitida no ronronar do gato
na saliva envenenada da cobra
ou na disposição do bicho preguiça
No momento, nada tenho a oferecer,
pois padeço do mal da humanidade:
sofro por ser quem sou.

Pela beleza não acreditada
Pela ignorância de querer ser tua
Mesmo que sonsamente
Eu perceba você não me querer.
Ou por sentir uma culpa que não consigo entender.
Suplicio rasgado pela insanidade

Sou mais do que me acho
e me valorizo menos do que devo